Abstract
A proposta deste artigo é o estudo da coisa em si e da coisa para o além de siNão somos uma unidade, mas sim uma pluralidade convencida de ser uma individualidade, e em luta de ser o que nunca poderemos ser, de facto. Clique no termo para aceder à definição completa, a incorporar uma intencionalidade à simples existência primordial, para as coisas de uma forma geral. E, por isso, sintetizado como o estudo da ontologia da intencionalidade em Franz Brentano.
A existência, até mesmo, das coisas intangíveis possuem algum grau de intencionalidade, que remete a perceção existencial a uma instância superiorO bem sempre é o alvo das atenções. O supremo bem é a cereja do bolo que o espírito obsessor promete, em todas as instâncias sociais que conhecemos. E se faz presente como supremo bem, para... Clique no termo para aceder à definição completa, intencional, com diversas possibilidades
Todas estas personagens que estudaremos aqui, dentre eles os filósofos Cínicos, os modernos gurus e os sobre-humanos coaches, estão mesmo a lidarem, ainda que de formas diferentes e até inusitadas, com uma mesma coisa: a... Clique no termo para aceder à definição completa – e/ou categorias de existências.
A base será a partir da ontologia de Aristóteles e tem por objetivo maior a justificativa psicológica da ontologia, em Brentano.
Palavras-chave
Ontologia, intencionalidade;
Introdução: A ontologia da intencionalidade, em Franz Brentano
Em um mundo em que o saber e o não saber se confundem, para além dos limites filosóficosO filósofo contemporâneo acredita que a Filosofia seja uma ciência! E quer adotar seus métodos. Não é ciência! A Filosofia é a ameaça à ciência, a predadora, a provocadora, aquela que está a fazer a... Clique no termo para aceder à definição completa, capaz de elevar e afundar o homem através de seus frágeis estados mentais à dura realidade
O deserto do real é mesmo vazio, inabitado e realmente hostil, sem nenhum oásis. Mas, o mais impactante é que é um deserto apenas daquele que o vislumbra. Clique no termo para aceder à definição completa das diferenças existentes e senso de injustiças instanciais ainda presentes, mesmo com tanta evolução intelectual, abordar a Ontologia através de Franz Brentano (1838-1917) nos dá um alento em termos de perceção acerca não só do ser, mas de um sentido para além do ser, pois é uma busca por uma significação
"Dentre tantos conceitos que deixaram de ser “impossíveis” e passaram a ser decretados possíveis, mesmo que nem sequer possam existir, como no caso da própria universalidade. Mas isso só se deu pela eficiente ação do... Clique no termo para aceder à definição completa através de uma hermenêutica filosófica e psicológica.
Em uma visão profundamente existencialista, talvez radical, podemos deduzir que o homem apenas vagueia por este mundo sem se aperceber bem qual o sentido de sua vida, seus propósitosNão há inocência na transcendência, e nem despropósito. Há intencionalidade, muito propósito e uma carga elevada de conteúdo mental acerca dela. Clique no termo para aceder à definição completa, o que há de facto em deus
Deus, mesmo sendo uma criatura - a nossa criatura, foi e é essencial, até aqui, para chegarmos onde chegamos. Para sermos o que somos. O que resta questionar se isto é algo louvável ou reprovável.... Clique no termo para aceder à definição completa[1] (para aqueles que consideram sua existência) e o que este ente (ou outra inteligência superior equivalente, ou o nada) “espera” do homem, quanto ao seu “papel”. O facto é que há uma certa impenetrabilidade para o além de si, para o além do ser, e por isto as diferentes formas e tentativas de fazer perceber o que é, afinal, o ser enquanto busca de significação e sentido através da intencionalidade.
A Ontologia de Brentano pode, pelo meu entendimento, levar o homem a tal dimensão superior existencial, transcendental, quando este percebe racionalmente sua relação"Podemos perceber, ao menos pelo aspeto das forças dos desejos, que os relacionamentos se estabelecem pelos entrecruzamentos dos desejos do desejante pelo desejável; e pelo desejável, quando assume igualmente um desejo pelo desejante e, assim, é... Clique no termo para aceder à definição completa enquanto ser imanente
A imanência, na perspetiva individual, para o que esteja “para fora” dele, do indivíduo, passa a ser relativa ou a uma tangibilidade ou a uma mera conceituação vulgar, sempre ocorrida em sua perspetiva e nunca absoluta.... Clique no termo para aceder à definição completa consigo mesmo e para além de si (nas dimensões tanto ônticas, quanto ontológicas) – de existência para existência – de um agente
O compatibilismo mescla o determinismo com o livre-arbítrio, com uma “relatividade” para cada escolha que se faz, a assumir que certas deliberações serão mesmo determinadas, e assim o livre-arbítrio não será exequível.... Clique no termo para aceder à definição completa, ou agente, para uma relação entre sujeitos e objetos
No limite, ao se perceber na mais completa absorção da individualidade que algum dia pensou ter, totalmente absorvido por um ente maior, externo, perceberá que deixou completamente de ser um sujeito – quando estará a... Clique no termo para aceder à definição completa, em abertura do entendimento de seus estados mentais (suas representações
Não são possibilidades, então. O que tenho disponível como escolha, para mim, desta forma, são apenas as oportunidades - são as imagens. Clique no termo para aceder à definição completa mentais ou estados psicológicos, juízos e emoções, tal como seus desejos
Eis a grande síntese da atração: poder como meio, possibilidades como fim. E nisso, o desejo, e principalmente o desejo pelo desejo do outro, pois isso significa que o outro, a desejar, estará a dar... Clique no termo para aceder à definição completa, crenças
As crenças começam a serem formadas desde tenra idade, pela convivência e aprendizado, e iniciam a construção do que é chamado de subjetividade, ou de mundo interior, para o que seja verdadeiro ou falso, bom... Clique no termo para aceder à definição completa e mesmo a intencionalidade) – e com isto abre possibilidades nos campos psicológicos, epistemológicos, ontológicos
O Universo é somente aquilo que conhecemos e que supomos existir - são todas as certezas ontológicas que comungamos coletivamente. Clique no termo para aceder à definição completa ou mesmo éticos, por exemplo.
Eis o meu particularO perspetivismo considera sempre um contexto, um conjunto de condições e situações que são relevantes para o conjunto considerado. Clique no termo para aceder à definição completa interesse em aprofundar os estudos neste autor e perceber este “além da coisa em si” em que pode se transformar em um interessante caminho para o exercício filosófico, como já tem acontecido com a obra de Brentano e de outros filósofos que o seguiram.
Antes do conhecimento, a consciência
A consciência nos parece um fluxo de muitas coisas – principalmente pensamentos – e que também nos parece que não pode ser apreendida completamente em toda a sua cadeia de acontecimentos. Clique no termo para aceder à definição completa
Brentano parte do facto empírico de que a consciência precede a linguagem. E não somente a consciência da realidade exterior, mas principalmente a consciência da consciência (o sujeito percebe a si mesmo como consciente, sua realidade interior, existencial e com capacidades).
Pois não basta ao sujeito estar consciente, mas também perceber seu status de consciente, como que “conectadoA aderência é o nível de adesão ideológica, independente se há ou não o conhecimento da tal influência transcendental, ou se esteja em uma realidade artificial absurda, ou se haja o estranhamento ou a hesitação... Clique no termo para aceder à definição completa” ao que está ao seu redor e assim, não só perceber-se, a priori, como “ser”, mas um ser com possibilidades (e necessidades) de agir no devir. E, desta forma, são possíveis tais estados conscientes mesmo antes de o sujeito adquirir a linguagem, ou mesmo em estados “menos evoluídos” de alma[2], como nos animais[3], por exemplo.
E há a delimitação de um empirismo fenomenológico, no termo lato de empirismo, pois vai além da coisa em si, do “acontecido”, mas também do que precede, do “que está por acontecer” no estado mental do agente, subjetivamente. Os fenómenos psíquicos e os físicos estão interrelacionados, visto que o agente, em seu estado consciente (e apenas isto), enquanto ser, desdobra-se ao agir. E esta ação incorpora a intencionalidade[4] (que pode ser rudimentar ou complexa). É esta intencionalidade que leva à coisa em si, ao ser ontológico, e não só.
O sujeito altera a coisa. A coisa altera o sujeito.
O agente está no processo contínuo e recursivo de implicação ontológica, por isso o agente não é o sujeito, nem o sujeito é o agente. Entre tal implicação e a coisa em si está a ação. Da ação realizada, “acontecida”, surge um efeito que é reificado, ou seja, surge o objeto a ser submetido ao juízo (mas nem sempre) e a ser representado mentalmente no sujeito, resultando em estados emocionais acerca deste objeto (prazer, desejo, aversãoO pânico é, dentre tantos fatores e abordagens distintas, decorrente do aprisionamento ao momento do estranhamento, que se intenso poderá levar rapidamente ao pânico e à fobia do agora (agorofobia). Clique no termo para aceder à definição completa, medo, etc).
Vale perceber que o sujeito não é o agente de antes, pois é modificado ao constituir uma consciência não-objetiva, em uma auto perceção interior, e que se modifica, em uma relação objeto-sujeito que cria uma espécie de loop a definir um modo de serA parte imanente da quarta esfera do esquema conceitual do possível. Clique no termo para aceder à definição completa que se desdobra continuamente, a partir de suas possibilidades. O sujeito, não sendo agente, é um expectador, um resultante que possui um comportamento dado pelo seu modo de ser, constituído como uma consciência teórica.
A ação é, portanto, a força empírica das possibilidades. Tais possibilidades estão todas no devir e decaem progressivamente no decorrer da ação, até o final da mesma, tal como Heidegger[5] percebeu ao conceituar o dasein.
A ação, enquanto possibilidade de desdobramento do ser em estado pré-reflexivo, é levado a se transformar em fenômeno, pela representação mental reificada. Um fenômeno dotado de um sentido (um logos), portanto algo que justifica o termo empirismo fenomenológico.
O estatuto ontológico dos objetos intencionais
A partir destes conceitos introdutórios, Brentano define que todos os estados conscientes são intencionais. E todos os estados intencionais são conscientes. E ocorre esta intencionalidade pois todos estes estados mentais se referem a um objeto. Não apenas ao objeto em si, pois não é apenas uma direccionalidade relacional material, mas sim a um conteúdo mental, que é uma reificação, uma representação mental que faz com que todo objeto possa ser submetido a um juízo (não necessariamente) e que gerará uma resposta emocional no sujeito.
Este juízo pode ser criado mesmo sem a linguagem. Mas tal como a intencionalidade, a linguagem acrescenta complexidade ao mesmo, e os diversos conteúdosEsta capacidade da autoconsciência é que irá definir se a relação é boa ou não – pois o que interessa, mesmo, é a forma como as relações estão estabelecidas que darão elementos para uma escala de... Clique no termo para aceder à definição completa mentais devidamente ajuizados levam a um estado complexo de intencionalidade, em instâncias conscienciais secundárias, mas não exclusivas.
Acontece tal como na Teoria das Almas de Aristóteles, que estabelece o ato primeiro, mas não único, como sendo a alma. Para Brentano, há um estado consciente primeiro, e outros inúmeros estados conscientes, secundários, não excludentes, mas hierarquizados, conforme os próprios conteúdos, juízos e emoções que se instanciam e se correlacionam. Assim pode-se explicar alguém a dirigir um automóvel e a ouvir música, por exemplo. Pode-se falar com relativaRelativismo é um termo mais conhecido, mais usual, que antagoniza com a universalidade. Pois enquanto a universalidade se aplica a tudo o que há, a relatividade pressupõe que a aplicação seja apenas ao que se... Clique no termo para aceder à definição completa segurança em um telemóvel enquanto se dirige, ao usar do sistema de voz, mas nem sempre é possível dirigir e escrever um texto no mesmo telemóvel, com grande risco de causar um acidente, pelos conflitos inconciliáveis entre as consciências secundárias, das diferentes intencionalidades.
A consciência, todavia, difere do estado de ter o conhecimento de algo. Pois o conhecimento incorpora a linguagem, necessariamente, e esta pode ser dúbia, com diferentes níveis de possibilidades e com grande carater intersubjetivo. Sabemos que se S (sujeito) conhece o (objeto), então (1) S possui crença que o; (2) o é verdadeiro e (3) o conhecimento de S é plenamente justificado. Assim, o conhecimento não é necessário à consciência (embora a consciência seja necessária ao conhecimento), e o objeto pode nem existir como tal, apenas a intencionalidade a este, a apontar para algum tipo de conteúdo mental que o represente.
E, nesta implicação há o ressurgimento do conceito Inexistência IntencionalBrentano propôs que o conceito do conhecimento fosse a inexistência intencional, em que o sujeito “conhece” cada objeto apenas em sua mente, primordialmente. Clique no termo para aceder à definição completa, resgatado da Escolástica, visto que sempre haverá algum conteúdo mental, mas nem sempre o objeto, em si, a receber a intencionalidade do agente em suas inúmeras possibilidades.
Uma sensação de dor(Ver também: autoajuda) Anestesias são paliativos mentais que distanciam o sujeito incomodado pelo contacto com o real a fugir para as zonas seguras do possível, a se distanciar do impossível cruel e inegociável. As anestesias... Clique no termo para aceder à definição completa, por exemplo, é intencional, visto que a dor é um estado mental híbrido. Há um conteúdo mental da sensação da dor, sem ter o objeto da dor, em si. Por exemplo, é comum que alguns amputados continuem a sentir em seus membros retirados algum tipo de dor ou sensação, mesmo que os mesmos já não existam, de facto, como objetos, mas sim continuem a existir como conteúdos mentais.
O objetivo inexiste, mas a intencionalidade existe. Mesmo para exemplos de crenças infantis, como Pai Natal, ou crenças adultas, como extraterrestresSamuel Barclay Beckett capturou esta espera angustiante em sua peça fenomenal “Esperando Godot”, quando as personagens Estragon e Vladimir «aparentemente esperam um sujeito de nome Godot. Nada é esclarecido a respeito de quem é Godot... Clique no termo para aceder à definição completa, sem que nunca houvesse, de fasto, o objeto tangível e conhecido, em si, presente, mas apenas suas representações instanciadas.
Brentano acredita que definir a natureza dos estados mentais não é uma questão para a Filosofia, mas sim para outras ciências, como a Psicologia Cognitiva. Mas existem critérios para acusar ou reconhecer tais estados mentais, que são puramente subjetivos, e não podem ser parametrizados ou padronizados. Este processo é dado pela introspeção na consciência. O facto é que se o sujeito busca observar a si, pode alterar seus próprios estados mentais, ou até mesmo a anulá-los. Portanto, não é possível tal introspeção no momento da ação, mas sim quando já aconteceu, quando não se conta mais com possibilidades, quando o objeto já se fez e o sujeito busca em si uma espécie de resultante, uma auto evidência de algum tipo de estado mental.
Desta forma, mesmo ao adotar uma hermenêutica filosófica para o estudo da intencionalidade, é preciso admitir que nem todo estado mental possuirá um conteúdo proposicional, pois possuem sim algum conteúdo que atenderão aos apelos emocionais com alto grau de aspetos subjetivos, que podem mesmo serem anteriores à linguagem.
Uma criança recém-nascida, com fome, é amamentada pela mãe. A auto evidência que esta criança possui ao ter fome ativará nela uma intencionalidade. A que se refere esta intencionalidade? Ao leite, à mãe, ao recinto em que sempre se alimenta, ou mesmo aos seios da mãe, como parte de um todo? Há uma correlação da fome (já ajuizada) que leva a um desejo e que leva a uma intencionalidade, mas qual o conteúdo? Sempre haverá um conteúdo, mas nunca poderá a Filosofia estabelecer acerca de tais naturezas, de forma específica.
Portanto, tais objetos intencionais podem se referenciar a (1) coisas individuais e materiais existentes, (2) coisas não existentes (como o Pai Natal, por exemplo) e (3) objetos abstratos (e aqui se inserem os conceitos dos universais – e outros como valoresEsta escala é uma ferramenta, possui uma função que é resolver sobre suas deliberações. E os valores da escala são os conceitos simples e sempre binários, que emergem da dimensão do que todos consideram como... Clique no termo para aceder à definição completa éticos, estéticos, conceitos de espécies, etc).
Conclusão sobre a ontologia da intencionalidade, em Franz Brentano
Antes de Immanuel Kant (1724-1804), em sínteseA dialética hegeliana é composta aqui por três partes: (1) curso corrente, (2) acontecerá algo contrário e (3) pela reação e superação Clique no termo para aceder à definição completa, havia o pensamento filosófico em que o ser era ilusório, não encerrando em si todas as características da perfeição em sua totalidade, e o esforço filosófico era direcionado para alcançar a coisa em si, como verdadeiramente são, desde o mundo das ideias de Platão até a suma objetividade científica acerca da realidade. Kant apresentou uma nova Ontologia baseada estritamente no fenômeno em que tais ilusões, ou aparências, ganham um significado valorizado como nunca tiveram, pois são, de facto, a nossa leitura da realidade tal qual ela se apresenta através de nossos sentidos, submetidos aos juízos e devidamente instanciados de modo estritamente fenoménico
"Portanto, se há a intenção, há a existência na mente, que é o que importa, mesmo que na realidade o objeto não exista como coisa. Poderá vir a surgir, ou não. E isso, algo aparentemente simples,... Clique no termo para aceder à definição completa.
Assim está caracterizada a proximidade que Brentano possui de Kant, pois os juízos levam à reificação e às representações mentais em que a consciência se apodera de um modelo ontológico suficientemente para constituir um estado mental em que a causalidade se mostra presente e de forma consistente. A diferençaA diferença é o motor que faz movimentar aquele que a percebe em si, em relação a algo ou a alguém, e que busca sair de um estado de potência para atingir um estado de realização... Clique no termo para aceder à definição completa está na correlação entre tais estados mentais e a ação, com a intencionalidade constituída como uma função do agir.
E, desta forma, a Ontologia de Brentano é essencial ao entendimento das ações humanas e com isso, aspirar a novas aplicações nos diversos campos, já citados, em especial a forma do agir humano em sociedadeA vida social possui valor pois passa a significar situações em que surgem as oportunidades: possibilidades reveladas e tornadas acessíveis. Clique no termo para aceder à definição completa, como a Filosofia Moral
A moral é composta por básicos valores duais mais facilmente identificados em si mesmo e nos outros: o bem e o mal, o certo e o errado, etc. Clique no termo para aceder à definição completa e suas derivações, em tempos
O tempo, afinal, não é o que temos, mas sim o que somos. O que temos são somente os instantes. E instantes não são o tempo, dado que o tempo é mobilidade e o instante... Clique no termo para aceder à definição completa em que urgem tais reavaliações, por que não, meta filosóficas. A intencionalidade pode ser uma questão central nesta problemática, com a Ontologia a dar respostas cruciais.
Bibliografia: A ontologia da intencionalidade, em Franz Brentano
Brentano, Franz, The Theory of Categories, Melbourne International Philosophy Series 8, Holanda, 1981.
Brentano, Franz, Aristotle and His World View, University of California Press, 1978.
Jacquette, Dale (ed.), The Cambridge Companion to Brentano, Cambridge University Press, 2004.
Sorabji, R., From Aristotle to Brentano: the Development of the Concept of Intentionality”, Oxford Studies in Philosophy (Supplementary Volume), 1991.
Vieira, António Bracinha, Etologia e Ciências Humanas, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, Vila da Maia, Portugal, 1983.
Notas: A ontologia da intencionalidade, em Franz Brentano
[1] Trago a referência a deus, neste ponto, pois Brentano resgata um termo da Escolástica, que é a Inexistência intencional (do latim intentionem, de intentus, particípio passado de intendere = tender a, voltar-se para um fim ou propósito). Este uso, na Escolática, foi importante para o próprio entendimento da abrangência do pecado, pois apenas a intenção, sem o ato em si, já era (ou é) suficiente para constituir o sujeito como pecador. (Como podemos perceber do termo em latim id quod et quo intendit, intus actionis, no qual podemos entender, com livre interpretaçãoOcorrência que é apreendida pelo sujeito, que pode ser algo provocado diretamente por ele ou não. Todo acontecimento se transforma em apreensão de acordo com a interpretação que lhe é dada, por isso é sempre... Clique no termo para aceder à definição completa, como aquilo que é feito e pelo motivo que é feito, está dentro da ação e do agente).
[2] Brentano foi um ávido comentador e seguidor da Filosofia de Aristóteles, sendo seus primeiros trabalhos (teses acadêmicas) sobre a psicologia de Aristóteles, a incluir um completo entendimento sobre a Teoria das Almas, que seguirá analogamente em suas definições sobre a intencionalidade, a partir dos estados da alma racional, sensitiva e vegetativa.
[3] A Etologia corrobora que existam os “movimentos"Mas, o fluxo de ida e de volta, de movimento e paralisia, entre qualidade e quantidade, se consistentemente realizado, chega a um ponto mediano, condensado, clusterizado, e que pode dar uma impressão de ser isto... Clique no termo para aceder à definição completa de intenção” nos animais, ou seja, a “intencionalidade animal” está inserida no próprio ato em andamento e na linguagem expressa: “os movimentos de intenção podem ritualizar-se a passar a intervir na comunicação intraespecífica.” (Ortolan, Leandro. 2021. Há uma “intencionalidade naturalmente ética” nas ações humanas?).
[4] A diferença entre a intencionalidade de um animal, uma criança de cinco anos ou um adulto consciente está na complexidade da mesma, devido aos conteúdos mentais complexos que um adulto contém consigo, em relação a uma criança. E da criança, dotada de alguma linguagem, em relação a um animal.
[5] Edmund Husserl como discípulo de Brentano e inspiração inicial para Martin Heidegger devem, como muitos, muitas de suas ideias a Brentano, como está a se apurar nos estudos atuais acerca de Brentano. Por exemplo, em Heidegger, o conceito de dasein (o ser-aí) configura-se como uma entidadeO modo de existir é a parte transcendente da quarta esfera do esquema conceitual do possível. Clique no termo para aceder à definição completa privilegiada, visto que é dotada de infinita possibilidade de ser, o que o torna símile ao agente consciente de si, em Brentano.
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