“As discussões prosseguiram, sempre a exaltar a racionalidade humana como diferencial existencial. Até que o filósofo alemão Franz Brentano (1838-1917) propusesse[1] que o conceito do conhecimento fosse a inexistência intencional (intencionalidade), em que o sujeito “conhece” cada objeto apenas em sua mente, primordialmente. Os objetosNo limite, ao se perceber na mais completa absorção da individualidade que algum dia pensou ter, totalmente absorvido por um ente maior, externo, perceberá que deixou completamente de ser um sujeito – quando estará a... Clique no termo para aceder à definição completa não seriam, então, coisas materiais, necessariamente, mas sim o que há na mente. Que contenham conteúdos de informações, intencionais, que são direcionamentos aos objetos, que até podem ser uma coisa, mas não necessariamente. Ou seja, conhecer viraria uma relação
"Podemos perceber, ao menos pelo aspeto das forças dos desejos, que os relacionamentos se estabelecem pelos entrecruzamentos dos desejos do desejante pelo desejável; e pelo desejável, quando assume igualmente um desejo pelo desejante e, assim, é... Clique no termo para aceder à definição completa entre sujeito e objeto, com a gestão do próprio sujeito.
Por exemplo, você está a ler este texto em um livro ou em um dispositivo eletrônico, por exemplo, e estes objetos são coisas, mas possuem um conteúdoEsta capacidade da autoconsciência é que irá definir se a relação é boa ou não – pois o que interessa, mesmo, é a forma como as relações estão estabelecidas que darão elementos para uma escala de... Clique no termo para aceder à definição completa que os determinam como são, em sua mente. Mas não necessariamente, pois você pode conhecer sobre algo que “seja algo” sem que este algo exista, como no clássico exemplo do unicórnio, um dos fetiches epistemológicos prediletos da Filosofia
O filósofo contemporâneo acredita que a Filosofia seja uma ciência! E quer adotar seus métodos. Não é ciência! A Filosofia é a ameaça à ciência, a predadora, a provocadora, aquela que está a fazer a... Clique no termo para aceder à definição completa do Conhecimento. Mas é bom perceber que o seu dispositivo nem sempre existiu como coisa, mas talvez tenha tido uma existência prévia como conteúdo.
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O cofundador da Apple, Steve Jobs (1955-2011), primeiramente estava consciente acerca do tablet em sua mente, ou melhor, intencionalmente, como um computador digital de tela plana e sensível ao toque. E isto antes que se consubstancializasse em um produto que fosse ao mesmo tempo um computador, navegador de internet, acesso ilimitado às músicas e filmes e livros digitais. Depois desta existência mental, e muitos milhões de dólares, veio o processo de desenvolvimento e produção, pela Apple. Até se chegar a um protótipo que fosse possível de ser manipulado e aprovado como o produto idealizado, o resultante de uma intencionalidade, tal e qual. O protótipo aprovado já era o iPad. A seguir, apenas seria necessário reproduzi-lo em escala industrial e comercial o que era a “coisa” iPad. E dar-se-ia o fenómeno, como suposto, e como acontecido.
Jobs tinha consciência do todo (prévia, intencional) e conhecimento das partes (sobre cada função, separadamente), sobre tudo o que viria a ser o iPad, antes mesmo de o iPad existir como coisa. Mas ele, ou não, apenas a equipe de criaçãoO Universo é somente aquilo que conhecemos e que supomos existir, com o acréscimo de nossas crenças e desejos, vontades e intenções, tudo representado metafisicamente em nossa mente por algo transcendente que parece ordenar o... Clique no termo para aceder à definição completa da Apple, ficou tão consciente de tudo o que seria o iPad. E de forma tão única e consolidada, que abriu uma nova dimensão ontológica
O Universo é somente aquilo que conhecemos e que supomos existir - são todas as certezas ontológicas que comungamos coletivamente. Clique no termo para aceder à definição completa para os tablets ao integrar tudo em um único dispositivo, de forma tão diferenciada, em que as partes deixaram de existir isoladamente para dar lugar a um todo, que deixou de ser apenas visto através de suas partes.
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Depois, todos os consumidores tiveram a mesma consciência e conhecimento acerca do que resultou. Passaram a atribuirEsta escala é uma ferramenta, possui uma função que é resolver sobre suas deliberações. E os valores da escala são os conceitos simples e sempre binários, que emergem da dimensão do que todos consideram como... Clique no termo para aceder à definição completa um imenso valor às funcionalidades que vieram intrínsecas ao conceito do iPad, com suas imensas possibilidades
Todas estas personagens que estudaremos aqui, dentre eles os filósofos Cínicos, os modernos gurus e os sobre-humanos coaches, estão mesmo a lidarem, ainda que de formas diferentes e até inusitadas, com uma mesma coisa: a... Clique no termo para aceder à definição completa. Enfim, a conhecê-lo como um todo. Se algum dia, algum unicórnio for “produzido”, geneticamente modificado e biologicamente reproduzido, será um processo similar ao iPad. E tudo começa sempre de forma germinal com e como algumas possibilidades: a matéria-prima valiosa da criação.
Portanto, se há a intenção, há a existência na mente, que é o que importa, mesmo que na realidade o objeto não exista como coisa. Poderá vir a surgir, ou não. E isso, algo aparentemente simples, agora, resultou em uma nova revolução filosófica. O discípulo de Brentano, o filósofo alemão Edmund Husserl (1859-1938), avançou com a sua fenomenologia"Portanto, se há a intenção, há a existência na mente, que é o que importa, mesmo que na realidade o objeto não exista como coisa. Poderá vir a surgir, ou não. E isso, algo aparentemente simples,... Clique no termo para aceder à definição completa. feita com base irrefutável do conceito de intencionalidade.“ (em O Guia Cínico e Selvagem dos Jogos da Vida, Cap. IV)
[1] Brentano, Franz. Psychology from an Empirical Standpoint. Tradução de A. C. Rancurello, D. B. Terrell, L. L. McAlister. Introdução de Peter Simons. Londres: Routledge, 1995.